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Infância marcada 

por Revista Sou

Publicado em 11 de agosto de 2022 às 10:15 / Atualizado em 23 de setembro de 2022 às 08:28
Foto: Reprodução/Internet

Ah, a infância… Não importa o quanto ela foi saudosa, ou o quanto ela foi sofrida. Esse período da vida que muitas vezes romantizamos, é sempre marcado por algo. Aliás, por muitos “algos”. 

Haverá aqueles que precisaram suportar traumas horríveis. E isso acabou se tornando um divisor de águas para vida psíquica e emocional dele. 

Haverá aqueles cuja infância foi tão boa que crescem adultos sem ainda conseguir sair dela. 

A bem da verdade, talvez nenhum de nós consegue realmente sair da infância. Talvez não seja algo que realmente conseguimos “deixar pra trás”. A infância é algo que sempre trazemos conosco. Está entranhada, é parte de nós. Como já trazia Sigmund Freud, pai da Psicanálise, “a vida adulta é marcada pelo que foi vivido na infância”. 

É na infância que aprendemos o quanto podemos ser espontâneos ou comedidos. É na infância que aprendemos os benefícios e as recompensas. Se quando sou espontâneo, algo desagrada meus cuidadores, vou ser retraído para não incomodar. E advinha? Quando fiquei mais na minha, fui mais elogiado pelos adultos à minha volta. 

Gosto de dizer que a infância é a escola dos afetos. Muita coisa sobre como sou, como enxergo a mim mesmo, e a forma como me relaciono com as pessoas, está pautado no que foi vivenciado lá trás. 

Talvez realmente cresçamos como adultos marcados. Marcados tanto pelo que foi bom, quanto pelo que não foi. Não há escapatória. O controlador foge do medo infantil de estar novamente vulnerável. O apático e indiferente, foge do medo infantil de ser rejeitado. Aquele que tem dificuldade de dizer não, e busca agradar a todos, foge do medo infantil de sofrer um novo abandono. Aquele que busca salvar os outros? Bom, este provavelmente foge do medo não conseguir salvar a si mesmo. 

Mas talvez seja assim mesmo. Talvez não se trate de deixar a infância para trás, não no sentido de fingir que ela não importa mais. Isso é (auto)enganação. Se ela é uma escola dos afetos, a infância sempre terá algo a nos ensinar. 

Por isso, convido você leitor: olhe para ela. Com esses olhos do adulto que você é hoje, olhe para sua infância com generosidade. Entenda a dor que você vivenciou lá. “Cave” essas lembranças até você perceber que não precisa mais reviver o que se passou. Até perceber que o trauma vivido lá trás não define você. A dor existe, mas ela não é maior que você. 

Relembre e reviva a sua infância. Ela ainda está em você.

Breno Cabral 

Psicanálise Clínica 
Av. Davino Matos, 966 Edf. Nostradamus, sobre loja 103 
WhatsApp: (27) 99915-8446 
 Psicologia Analítica – Psicologia Positiva – Análise Corporal – Saúde Emocional

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