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Tradicional sebo mantém venda de livros no Centro de Guarapari

por Larissa Castro

Publicado em 9 de novembro de 2020 às 18:08 / Atualizado em 9 de novembro de 2020 às 18:08

Por a partir de 1 real é possível conhecer um novo universo através da leitura. Assim a Banca da Lua se mantém em Guarapari há 30 anos. O sebo que fica em uma das principais avenidas do Centro da Cidade é o ponto certo para quem gosta de ler e manter a cultura do livro físico.

Com a chegada da tecnologia, muita gente aderiu à leitura virtual, e hoje Guarapari possui apenas um ponto de venda de livro físico: o sebo Banca da Lua. “Estou à frente da Banca da Lua há 17 anos e para quem gosta de ler, este é o único local na cidade. Acredito que se livros fossem um bom mercado, teria outros vendedores”, analisa o proprietário, Ricardo Moulin.

Ricardo Moulin, atual proprietário da Banca da Lua.

No mesmo ponto, situado na Avenida Joaquim da Silva Lima desde a criação da banca, Ricardo conta que a clientela vai muito além da população de Guarapari. “Tenho clientes fixos o ano todo e alguns de verão, que antes de irem à praia, passam aqui para me ver e avisar que chegaram. Há muitos que estão comigo desde o meu primeiro dia como dono da banca, nunca perderam o hábito; as vezes diminuem um pouco a leitura, mas nunca param. Além dos clientes eventuais, como estudantes de escolas, que têm a obrigação de ler certos livros passados pelo professor, mas esses estudantes geralmente compram o que o professor pede; não é com frequência”, relata.

“Seria bom se a sociedade lesse mais. Ainda é uma faixa muito pequena de pessoas que leem.”

Ricardo moulin, proprietário banca da lua.

Com um público variado, Ricardo oferece livros de diversos assuntos; mas ele observa que a maior parte dos compradores são mulheres.”Eu não tenho nada técnico; nada de estudo. Apenas romance, policial, ficção científica, autoajuda, místico, exotérico, religioso e outros. Percebo que o público é meio a meio, mais mulheres e geralmente acima de 35 anos que possuem o hábito para leitura. Mas há alguns jovens que vêm aqui toda semana”.

Influência

Apesar de ser proprietário do sebo, foram os clientes leitores que influenciaram Ricardo à leitura. “Eu não era muito de ler, eu era artesão e vi a possibilidade de ter um ponto de venda para o artesanato o ano todo, não dependendo só de feirinhas. Então eu iria manter a banca metade livro e metade artesanato. Me apaixonei pelos livros e pelo público leitor; larguei o artesanato e fiquei apenas com os livros. Eu via a leitura como um negócio, mas ver a paixão dos outros por livros fez com que eu também me interessasse”, conta.

Venda ou troca de livros

Para manter a circulação dos livros na banca, Ricardo se coloca à disposição para compras ou trocas de novos exemplares. Os interessados podem procurar a Banca da Lua de segunda à sexta para apresentar o acervo pessoal. “Compro, vendo ou troco. Se você compra um livro aqui, depois que você ler, você pode me devolver e tem metade do valor pago em desconto em outro. Se você tiver livros em casa, mesmo não sendo comprados aqui, a gente troca da mesma forma”, explica.

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