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Universitária abraça sonho e troca engenharia por culinária

A estudante trabalha de forma individual e possui planos para expandir o próprio negócio alimentício

por Larissa Castro

Publicado em 14 de setembro de 2020 às 18:03 / Atualizado em 14 de setembro de 2020 às 18:07

Aprovada no Instituto Federal do Espírito Santo Campus Ibatiba para o curso de Engenharia Ambiental, a universitária Mariana Miranda, 21, que sonhava em atuar na área da gastronomia, se viu na necessidade de realizar o sonho: trancou a faculdade e investiu no próprio negócio culinário, e hoje cursa o ensino superior desejado, além de vender marmitas congeladas para custear as despesas da universidade privada.

Sem condições de estudar na rede particular, ao ser aprovada no instituto federal, Mariana teve que escolher uma segunda opção do que cursaria, pois a instituição não oferta o curso de gastronomia. “Eu precisava escolher algo que eu gostasse e que fosse de faculdade federal, engenharia ambiental foi minha segunda opção, então tive que ficar com ela”.

Mariana Miranda cursa gastronomia e tem o próprio negócio. Foto: Arquivo pessoal.

Apesar de também gostar da engenharia, a empreendedora estudou apenas por três períodos, pois enfrentou uma depressão e refletiu sobre a felicidade dela a longo prazo; motivo que fez com que investisse no próprio negócio. “Eu enfrentei uma depressão muito forte, tive ansiedade, e remédios não faziam mais efeitos. Então eu falei: ou eu corro atrás das meus objetivos, ou morro. Eu tive um surto de consciência e percebi que ali não era meu lugar e valia à pena largar tudo e começar tudo de novo”, conta a estudante, que tinha 20 anos na época da decisão.

A ideia, inicialmente foi vista com temor pela família de Mariana. “Meus familiares tiveram muito medo, pois eu nunca havia falado do meu sonho para eles; foi algo novo. E logo que eu decidi trancar a faculdade, não tinha nada concreto sobre o delivery de comidas. Como eu amo a culinária, tirei do papel a ideia de cozinhar e passei a ganhar dinheiro para custear as despesas faculdade, que iniciei 7 meses depois. No começo foi bem difícil, mas hoje tenho clientes fixos”, comemora.

O restaurante La Vie Cozinha Afetiva funciona em formato delivery. Foto: Arquivo pessoal.

Apesar do susto, hoje a família sonha junto com Mariana e pensam em investir na expansão do restaurante delivery La Vie Cozinha Afetiva, que atualmente, vende apenas marmitas congeladas que ficam prontas em cinco minutos no microondas. “Eu trabalho de forma individual em tudo o que envolve o restaurante, há um ano e quatro meses. O trabalho é comida de gastronomia geralmente vendida por um valor caro, mas proporciono a preço de custo ao cliente, pois a ideia é essa: levar a gastronomia por um preço acessível. Tudo é caseiro, todos os produtos são processados. Meus pais me apoiaram na ideia e hoje meu pai me ajuda a custear a faculdade, acredita no meu sonho e pensa em investir ainda mais no meu trabalho”, conta.

Após se reinventar, Mariana se sente completa com o que faz. “Me sinto enriquecida, pois existe muito rótulo atrás da gente, as pessoas ainda não respeitam o fato de que há outras formas de ser inteligente, e que é capaz dar certo na vida e ser realizado. Não precisa ser engenheiro ou médico, o cozinheiro é quem faz a comida, e todo mundo precisa disso. O que mais move a minha existência é poder levar sabor para a vida de muita gente”, celebra a estudante.

Conheça o trabalho do La Vie Cozinha afetiva

Instagram: @laviecozinhaafetiva

WhatsApp: 27 99522-4941

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