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Memórias compartilhadas: Bino, o consertador solidário

por Pedro Henrique Oliveira

Publicado em 14 de abril de 2023 às 10:49
Atualizado em 17 de abril de 2023 às 09:09

Memórias compartilhadas: Bino, o consertador solidário

por Pedro Henrique Oliveira

Publicado em 14 de abril de 2023 às 10:49 / Atualizado em 17 de abril de 2023 às 09:09
Fotos: Arquivo Sou

Histórias inspiradoras sempre marcaram a história da Sou, e na edição 5, de 2014, o famoso sapateiro Bino foi entrevistado pela revista e contou sua história de vida e como não mede esforços para ajudar as pessoas. Na época com 55 anos, Bino recebeu a equipe da revista para falar sobre seu trabalho e o acidente que sofreu ainda jovem, mas que nunca comprometeu sua atuação como sapateiro.

“Eu tinha 17 anos e tinha acabado de sair de casa para ir à escola de bicicleta. Quando atravessei a rodovia Jones dos Santos Neves, em Muquiçaba, eu e uma amiga, que estava de carona, fomos atingidos por um caminhão e o meu braço direito acabou esmagado pela carroceria do veículo. (…)”, contou ele sobre o acidente que sofreu em 1977 e o deixou sem o braço direito.

Bino perdeu o braço, mas não a capacidade de lutar e construir a vida do seu jeito. Por isso, ele pode ser considerado um consertador não só de sapatos, mas também da autoestima. Deixar de trabalhar nunca passou pela cabeça do sapateiro, apesar dos questionamentos, ele explica que a capacidade de aprender nunca foi afetada pelo acidente.

“Eu estava vivo, era jovem e tinha forças. Meu pai e minha mãe me ajudaram muito em tudo que foi preciso. Minha família é minha referência e, apesar de meu pai ser falecido, continuo trabalhando no mesmo lugar que ele. (…)”.

Questionado se sua história inspirou outras pessoas, ele contou que uma vez foi procurado por uma menina, que também havia perdido um braço, e seus pais e queria aprender com ele. “Eles queriam que eu ensinasse a fazer as coisas, mas eu disse que não poderia. Ela devia aprender por si própria.”

Além da história de superação, Bino sempre se dedicou a ajudar outras pessoas. “Uma coisa que eu gosto de fazer é agradar. Aprendi com meu pai que serviços pequenos, como furar cintos e outros pequenos reparos não devem ser cobraados, pois isso faz o cliente voltar sempre.”

“Quando uma pessoa é muito carente, eu nem cobro. Porque dinheiro é importante, mas não é o que mais vale nessa vida.”

Atualmente, Bino continua o trabalho em Muquiçaba e conta com a ajuda da família.

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