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Estresse aumenta durante à pandemia e mulheres estão mais propensas

por Larissa Castro

Publicado em 7 de outubro de 2020 às 18:19 / Atualizado em 9 de outubro de 2020 às 14:47

A população brasileira está entre as que mais sofrem de estresse. Em uma pesquisa realizada pela UFRJ, o distanciamento social resultou no aumento de 80% dos casos de estresse e ansiedade, e são as mulheres as que mais sofrem com isso. O problema que é gerado em casos de convivência ou isolamento social, devido às necessidades afetivas do ser humano, precisa de atenção e autocuidado para evitar.

O estresse pode ser demonstrado de diversas formas, e as reações do organismo são algumas das manifestações do problema . A prevenção pode ser feita a longo prazo, mas em caso de sintomas, o indivíduo deve procurar por um médico especialista para evitar o agravamento.

“Podemos ter problemas de estômago, de pele, intestinais, gastrite, úlcera nervosa, e mais para o lado do coração, a gente tem incidências de doenças como o infarto, a crise hipertensiva. Na parte da psiquiatria e psicologia, o estresse ocasiona em depressão, ansiedade, fobia e pânico”, orienta o cardiologista Dr. Eduardo Porto.

Para chegar ao estado de estresse, segundo Dr. Eduardo, há dois aspectos do desenvolvimento; um deles pode ser o motivo do aumento de casos durante à pandemia. “Conviver com uma pessoa que te remeta a problemas e dificuldades de relacionamentos, pode gerar estresse. Principalmente quando vocês estão confinados em um ambiente. Mas também existe o estrese por falta de conviver com pessoas, falta daquele abraço, daquele beijo com os amigos; aquele convívio”.

Dentro dessas possibilidades, as mulheres possuem mais chances de adquirirem esta característica. Para evitar, é preciso haver diálogo entre relações. “O atual método de ficar em casa complica ainda mais para as mulheres. Nós homens, por questões culturais, temos um menor envolvimento com as obrigações da casa e filhos, mas as mulheres, nesse aspecto, trabalham em home office, cuidam da casa, dos filhos e tudo mais”, explica o cardiologista.

Dr. Eduardo Porto, cardiologista.

Sem descartar a possibilidade de picos de estresse na rotina, Dr. Eduardo enfatiza que níveis baixos podem ser comuns. “Um pouquinho de estresse, a gente não vai problematizar totalmente, um pouquinho de estresse e ansiedade fazem bem, pois nos mantém no foco, nos impulsiona para a frente. Mas quando passa do ponto, a gente já começa a sofrer, começa a ter problemas de saúde, e aí já não vale a pena”.

Como evitar

“Uma das coisas para diminuir esse estresse é a parceria nas relações; delegar funções dentro da casa, para que a pessoa não se sobrecarregue. Colocar um limite de tempo de trabalho no homeoffice e se permitir fazer uma atividade física que é muito importante.

Manter um exercício físico regular, pelo menos cinco vezes na semana; não adianta eu dizer que todo mundo tem que caminhar, pois cada um vai escolher o que mais se identifica; uns gostam de dançar, outros preferem pedalar, cada um vai procurar a atividade física que permite ganhar mais bem-estar”.

Alimentação de qualidade

“É importante para diminuir e controlar o estresse, cuidar muito da alimentação, pois há uma tendencia para a gente comer mais, ingerir mais calorias, beber mais, fumar mais, e isso é uma preocupação. Então na rotina diária, a pessoa deve procurar evitar o fumo, o abuso de bebidas álcoolicas, aumentar o consumo de frutas, verduras, legumes, castanhas, nozes e peixes; especialmente alimentos assados e grelhados”.

Como identificar

“Uma das formas da gente identificar se a pessoa está estressada é justamente observando se a pessoa está mais desatenta, perdendo a vontade de fazer as coisas, tem insonia, está mais irritada, então isso são sinais de que a pessoa pode estar com estresse em um nível mais alto. A ida ao psicólogo ajuda bastante. O psicólogo possui técnicas de terapia que podem ajudar muitas pessoas. A prática da yoga, também é fantástica para o controle de ansiedade, palpitações, controle de pressão arterial. Um médico é importante fazer uma avaliação, pois esse estresse se for muito forte e agudo, pode gerar um pico hipertensivo e este pico pode levar a uma trombose a uma placa coronária e levar a um infarte em questão de poucos minutos”.

Resultados

“O estresse mesmo não sendo na forma de um pico hipertensivo, o estresse de longo prazo, pode gerar doenças e até o câncer. É uma das doenças e algumas formas de câncer podem ser provocadas por estresse”, finaliza Dr. Eduardo.

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