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26ª Semana Espírita encerra com debate sobre paz e participações de diferentes religiões

por Pedro Henrique Oliveira

Publicado em 26 de janeiro de 2023 às 11:15 / Atualizado em 26 de janeiro de 2023 às 11:15
Fotos: folhaonline.es

Realizada durante quatro dias, a 26ª Semana Espírita de Guarapari chegou ao fim no último domingo (22), no Sesc. Anualmente, o evento reúne pessoas de várias partes do Brasil e abre o calendário da Federação Espírita do Espírito Santo (Feees). Em 2023, a Semana Espírita retornou após dois anos sem ser realizada devido à pandemia.

“Voltamos somente com quatro dias para saber como será a receptividade das pessoas em relação ao primeiro evento após o período de restrição, mas com a certeza que será maravilhoso reencontrar amigos, colegas e pessoas de religiões distintas nesses dias de festa”, afirmou Alba Sampaio, uma das organizadoras do evento, na abertura do evento.

Organizada pelo Instituto de Divulgação Espírita de Guarapari (IDEG) e pelo Grupo Espírita Allan Kardec (GEAK), o evento contou com palestras voltada à divulgação do evangelho com o tema “A fraternidade e a paz de Jesus”.

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“A paz do Cristo é a plenitude do bem, de cuidar do outro. É o que Jesus dizia ‘meu reino não é deste mundo’, essa paz está nesse reino, que somos nós”, ressaltou Alba.

Alba, Dalva, Silvestre e Delson

No último dia, o evento ainda abriu espaço para um debate inter-religioso com representantes do catolicismo, espiritismo e umbanda. Palestrante do domingo, Dalva Silva falou do evangelho do ponto de vista da doutrina espírita.

“O espiritismo já nasceu com o propósito de ser uma bandeira em que se abrigassem todas as religiões. Kardec viveu em uma época na qual a intolerância religiosa acabou com o instituto que ele foi educado, a disputa entre católicos e protestantes. Então, o espiritismo é essa possibilidade, devemos buscar essa união e respeito pelas diferenças.”

Já o representante da umbanda, o dirigente espiritual Delson Igreja, comentou sobre o preconceito contra a religião. “A gente sofre, claro, por conta da falta de conhecimento, mas é uma questão de tempo. À medida que as pessoas têm mais abertura para conhecer, vão entender que não é isso que pintam. E hoje a gente tem um público muito jovem buscando a umbanda, nos nossos conseguimos ver que as pessoas estão abrindo mais a cabeça para a espiritualidade em geral”, explicou.

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